A herança cultural do Cangaço Por:Andrade Leal


Amigo Severo, antes de tudo gostaria de dizer que vc é um gigante por encabeçar o mais importante evento que trata da nossa história relacionada a vida da nossa querida nação nordestina. Evento muito marcante por reunir tantas pessoas especiais deste Brasil, interessadas em nossa realidade histórica, social, cultural. No caso do movimento do cangaço acho que precisamos destacar tambem a questão da herança cultural desse movimento que não foi apenas bélico, mas, muito mais amplo. Então, com base nessa herança, precisamos discutir como aproveitar melhor essa estraordinária riqueza em que somos posuidores para gerar novas riquezas materiais e imateriais, derivando portanto ocupação parar as pessoas, emprego, renda, bem-estar, auto-estima, prazer de viver, evitar a migração para outras regiões e mesmo para as cidades litorâneas, as capitais em particular. 

Sugiro lançarmos um amplo documento para os gestores públicos, para a comunidade nordestina, falando dessa herança cultural e os seus impactos no desenvolvimento sustentável da nossa região. Poderemos sugerir, através desse documento, politícas públicas para os municípios e estados nordestinos.Tambem que nossas sugestões sirvam para as cooperativas e associações populares no âmbito da chamada Economia Popular e Solidária. Acho que temos essa responsabilidade. Apartir da nossa cultura popular poderemos incentivar uma maior derivação no campo da música, do teatro, dança, produção artesanal, da ampliação da rede hoteleira com o aumento do turismo, novas e mais amplas agências de viagens, produção cinematográfica, alimentação, transportes, construção civil, novos museus  etc, etc. 

Porem caro amigo Severo, faço essa defesa em prol dos setores populares organizados e carentes do nosso nordeste e defendo que elementos da nossa cultura popular não sejam esplorados como mercadorias, por  grupos econômicos que querem ampliar mais suas riquezas. Assim, acho que poderemos fortalecer ainda mais o Cariri Cangaço e outros eventos relacionados. Fica aqui minha sugestão, grande abraço.

Antonio Andrade Leal, 
Prof. de Economia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, 
Vitória da Conquista

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