Em Delmiro Gouveia, a última cangaceira!

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Diário de Viagem, Aristeia.
Delmiro Gouveia,Dia 30, 9h 20min

Aristéia, João de Sousa Lima, Lia e Severo

No último dia de nossa Caravana Cariri Cangaço, depois de percorrer as terras mágicas dos sertões de pernambuco, sergipe e alagoas, aportamos em Paulo Afonso, Bahia. Entretanto antes de adentrar o solo baiano não poderíamos deixar de passar naquela simpática e acochegante casinha, ainda no município de Delmiro Gouveia - Alagoas; bem na fronteira com Paulo Afonso, casa de uma das últimas mulheres que viveram a saga do cangaço: Aristéia Soares.

Aristéia, nasceu no dia 13 de junho de 1913, dia de Santo Antônio; nem sei se ela pediu algum dia em sua vida um casamento ao bendito santo, o fato é que lhe apareceu um companheiro e com ele, a ainda menina Aristéia conheceu o mundo do cangaço. Ao lado do cangaceiro Catingueira, formou no grupo de Virgínio e depois com a morte do chefe, passaram a fazer parte do grupo de Moreno. Apesar do pouco tempo  na vida cangaceira; entre os anos de 1937 e 1938; as emoções fortes e as imagens ainda fazem parte do universo de lembranças dessa maravilhosa cangaceirinha simpática e amável, de 97 anos de idade.
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Danielle, Aristéia e Marisa

 Aristéia e a homenagem do Cariri Cangaço a João de Sousa Lima

Uma das últimas cangaceiras vivas... 97 anos.

 É norma: A mesa do café sempre posta...

Marisa e Danielle na residência de Aristéia, em Delmiro Gouveia

Manoel Severo
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8 comentários:

Demetrius Calvin disse...

Aristéa participou dos grupos de Virgínio e depois Moreno, também teve uma irmã sua que participou dos grupos cangaceiros: Eleonor.

Abraços e saudações

Demetrius

Sara Saraiva disse...

Passando para dar aquela conferida nas novidades. :*
amo o senhor.

Sarinha

José Mendes Pereira disse...

Parabéns à ex-cangaceira Aristéia, que depois de tanto sofrer lá pelas caatingas do nordeste, nos dias de hoje tem vivido quase um século. Saiu de casa para viver embrenhada às matas, e lá viveu sob os estilhaços de balas, mas conseguiu chegar em paz. Vamos em frente, pois os historiadores muito precisam da senhora.

José Mendes Pereira - Mossoró-RN>

CARIRI CANGAÇO disse...

Querida Sarinha, vc é um encanto. Amo muito.

Manoel Severo

Helio disse...

Companheiro Manoel Severo, como é engrandecedor acompanhar a verdadeira "saga" do Cariri Cangaço e sua grande família, como todos nós nos acostumamos a chamar. Essa visita a cangaceira Aristea foi fantastica, parabens pela valorização dessa gente simples, que em um momento de suas vidas enveredarsam por caminhos tortuosos mas que se regeneraram e hoje são exemplos vivos da história. Parabens.

Professor Mario Helio

Anônimo disse...

É gratificante ter em nosso meio essa mulher tão simpática e guerreira que é Aristéia. Uma mulher que enfrentou na caatinga a saga cangaceira,hoje nos dá o prazer de estar entre nós mostrando a força de sertaneja que viveu uma história de amor e companheirismo. Parabéns, Severo e Dani por esta alegria de nos mostrar a história do nosso povo na estrada. prof. Aninha.

CARIRI CANGAÇO disse...

Com certeza Aninha, são mulheres como Aristea que dignificam a fibra da mulher nordestina, e como ela muitas outras, verdadeiras heroínas do sertão.

beijo,

Severo

Karla Renata disse...

É de impressionar a longevidade dessas mulheres do sertão, ainda mais do cangaço. As mulheres são relamente o sexo forte! rs